segunda-feira, janeiro 19, 2015

Em defesa de Nicholas Sparks












Não que ele precise, ou sequer se importe, no entanto, ouço e leio tantos comentários contra o seu tipo de escrita que (talvez por ser do contra) senti necessidade de vir, também eu, mandar o meu bitaite.
Se há coisa que aprecio em livros é a capacidade de me transportarem para a história e me fazerem sentir tal e qual as personagens. Ora, a receita de Nicholas Sparks é simples e infalível: boy meets girl, amor impossível para lá de profundo, romance de alto gabarito, drama para haver a separação e, no final, acaba tudo em bem. Ou em lágrimas. Mas bem na mesma.
Gosto de ter a certeza que, ao ler um livro deste senhor, vou relaxar com as descrições da Carolina do Sul, entreter-me com a apresentação dos personagens, derreter com os detalhes românticos entre os dois, vibrar com o reencontro e, para finalizar, fechar o livro em choro apoteótico ou sorrisos previsíveis. Para mim funciona na perfeição, é o que procuro num livro de mesa-de-cabeceira ou férias, que me descontraia.
Podia por-me aqui a descrever as histórias da colecção de livros da Agatha Christie da minha avó paterna que comecei a ler quando tinha uns 11 anos e acabei pouco tempo depois, contudo, aguçavam-me os sentidos, punham-me tensa... eram excelentes, confesso!
Hoje em dia, feliz ou infelizmente, não preciso ler livros para sentir o mesmo, basta ligar a televisão e ver cinco minutos de telejornal. Para tragédias, assassinatos e problemas sem solução à vista, já me chega a realidade em que vivemos. Cliché? Verdade.
Por tudo isto e, com certeza algo mais, não há nada que chegue a abrir um livro de Nicholas Sparks ao pé do mar.
Só tenho pena de não ter tido a mesma ideia que ele, antes, e hoje seria uma escritora de sucesso porque, digam o que disserem, critiquem o que criticarem, sucesso não lhe falta.

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